Então, seguindo a dica do grande mestre Tartang Tulku refleti. Ali, instantaneamente. Ops! Pensei. Calma, serenize-se. Assim é demais!... Técnica da 'atenção plena'.
Mergulhando em mim, naturalmente os pensamentos que borbulhavam se aquietaram e passei, nesta minha trajetória, a observar a tarde que caía lenta, a brisa esfarrapando as nuvens, o sol frágil deste fim de primavera chuvosa, querendo aparecer , mas sem forças em virtude de tantas 'frentes' vindas do oceano e da Amazônia.
E as pessoas se esbarrando, atropelando quem viam(ou não viam?) pelo caminho, falando alto, gesticulando com estardalhaço, ansiedade provocando esgares. E havia os velhos...Ah, estes, coitados, com dificuldade, meio trôpegos, meio cambaleantes, tentavam também andar apressados, como se quisessem ainda manter um comportamento antigo, inadequado agora." Tristes figuras", pensei. Olhares um tanto perdidos, olhares esgazeados, expressões duras, secas. Às vezes, parecia que marchavam... pra que tanta pressa? Aonde vão assim, autômatos?
Quando observo coloco pra mim o aprendizado. É preciso ter cautela, pois todos nós somos passíveis da alienação. O mundo está trôpego de valores, caindo aos pedaços de tanta ilusão. É preciso ter cautela não só com os ladrões, mas principalmente com os apelos da vida provisória que podem surrupiar, por instantes, a nossa alma.
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