"...
Que estúpido se não sabe que a infelicidade dos outros é deles.
...
Haver injustiça é como haver morte."
Cedo ouvi atenta as palavras sempre coerentes e sensatas da jornalista Miriam Leitão, no jornal da TV, onde expôs seu comentário sobre as opiniões dos brasileiros no tema criado pela Globo: O Brasil que eu quero.
Admirada estava com a lucidez do povo, de todos os rincões desses brasis tão amados... A diferença social e a cultural não anulam a perspicácia e inteligência de todos, em suas declarações sobre o nosso país. Afinal, já dizia o poeta: " Amar é pensar."
Enfaticamente se pronunciam, sobre as mais diversas questões, cercados pelas belezas, paisagens e História da nossa terra.

Anunciam desejos de mudanças, em vários setores, especialmente na Educação e formação do povo.
Tenho prestado atenção nos meus papos com os motoristas de táxis. Acontece mais ou menos a mesma revelação. Todos(ou, pelo menos, a maioria) refletem com absoluta maturidade sobre a atual situação política do país. Sabem se colocar, se expressar com sabedoria.
É por isso que acredito nesta afirmativa: "Todo ser humano é potencialmente filósofo."
Há em cada um de nós, acredito, a semente para a vivência com compreensão e felicidade.
Dito isto, relaxemos a mente, ante o poema de Alberto Caeiro (Fernando Pessoa):
As bolas de sabão que esta criança
Se entretém a largar de uma palhinha
São translucidamente uma filosofia toda.
Claras, inúteis e passageiras como a Natureza,
Amigas dos olhos como as cousas,
São aquilo que são
Com uma precisão redondinha e aérea,
E ninguém, nem mesmo a criança que as deixa
Pretende que elas são mais do que parecem ser.
Algumas mal se veem no ar lúcido.
São como a brisa que passa e mal toca nas flores
E que só sabemos que passa
Porque qualquer coisa se aligeira em nós
E aceita tudo mais nitidamente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário