Soube, não há muito tempo, que Tom Jobim também amava este lugar tão especial; apreciava os pássaros e ficava assim, enternecido,escutando a natureza. Compunha poemas inspirado ali.
Mais recentemente vi num documentário que a escritora Clarice Lispector passeava pelo Jardim sempre que precisava se reabastecer de energias.
Artista é assim: precisa se encontrar, precisa recarregar suas baterias criadoras, sente necessidade de um não sei o quê, e talvez consiga alimentar seu espírito sensível na Natureza.
É assim que penso, é assim que me movo.
Digo isto porque hoje tive uma dessas manhãs agradáveis e inusitadas, surpreendida por macacos__ e muitos! por biquinhos-de-lacre, cambaxirras, borboletas, caxinguelês, coleiros, sem dizer dos sabiás e bem-te-vis. E a inspiração brotou...
Eu amo estas árvores que sempre me acolheram
Amo os pássaros que me revelam seus cantos fartos e felizes
Amo estes caminhos que descortinam belezas indecifráveis
Amo estas folhagens sombreadas
Os perfumes dispersos
Amo as borboletas a indicarem caminhos
Amo estes contrastes
De miudezas coloridas
E da imponência dirigida aos céus...
Eu amo os inesperados encontros com os animais__
O esquilo atravessa a alameda como uma pluma
A família de macacos a quebrar coquinhos à sombra do bambuzal
As carpas ociosas a ondularem as águas quietas do lago...
Eu amo todo este cenário natural
Que se manifesta para a alegria do espírito.
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