sábado, 20 de outubro de 2012

SOM DOS ATABAQUES



    Cheiros indecifráveis, aromas diversos, quietudes de brisas leves pela manhã...
     O mar logo se mostra pelas ondas, pelo perfume; os céus, mais exibidos, escancaram o sol por entre nuvens de cores variadas.
     Dirijo-me à praça e vou pela Rua das Hortênsias. Vejo árvores, árvores, árvores... E, na praça, pássaros, pássaros, pássaros nas árvores, árvores, árvores... E nos ramos? Flores, muitas flores!... E nos galhos, protegidos? Ninhos, ninhos, ninhos.



 
     Salvador é moderna, dinâmica. Mas falta o metrô, faltam calçadas, falta segurança. Os baianos saberão o quê mais.
     Dou asas à imaginação e vejo uma Salvador com prédios não tão altos, sem usufruir tecnologia de ponta, sem grandes empresas a surgirem. Salvador sofre.
     Ela palpita verdes! Ela vibra oceanos! A cidade esbanja azuis e ventos fortes!
     A cidade de Salvador precisa libertar-se para sobreviver, para respirar melhor.
     Salvador são terras, são palmeiras; ela é luz!... Engana-se quem pensa em Paris; a cidade-luz fica na Bahia e se chama Salvador. Uma luz natural. Pancetti que o diga.
     O marinheiro pintor, aqui aportando, maravilhou-se tanto que o seu genial dom tornou-se cativo das luzes desta cidade. Encantou-se. Dissera que jamais teria visto tanta luminosidade e criou marinas com seus pincéis abarrotados de brancos e ocres, amarelos e dourados. Soube como ninguém enxergar esta peculiaridade.
     A força desta cidade é a natureza que vibra intensa, quase feroz nas suas entranhas.
     Salvador tem história forte. Nada mais precisa para que se destaque.
     Não combina com luxo e a pretensa modernidade imposta.
     Sinto o som dos atabaques dos negros ainda, o choro nas senzalas rangendo, mucamas acuadas servindo. A natureza  a tudo presencia, se resguarda e cala; ela é pujante e pungente, Salvador grita na boca dos ventos e silencia nas águas mornas de seus mares.
     Talvez eu veja o outro lado desta cidade que aparentemente teima em seguir exemplos de outras, menos afortunadas em sua natureza exuberante. Povo gentil , amoroso e, de certa maneira, ingênuo,com a alma que reverbera sutilezas do povo africano.
     Salvador, cidade única em sua beleza natural, guarda a força da mãe-natureza  e se debate  sôfrega, entre arranha-céus.

    
 
 

sábado, 13 de outubro de 2012

GALERIA I

 
Pinturas realizadas por mim, em tinta acrílica s/tela.
 
 
   VOO SOLITÁRIO
 
 
 

VISTA  DA  SACADA





 ENCONTRO   COM  A  POESIA
 
 
 
 


  NA TRILHA DA POESIA
 
   
 
 
 
TARDE EM IPANEMA

 
 
 
 

 
ROUPAS  NO  VARAL  EM CAMPO  DE GIRASSÓIS