No mundo acanhado onde vivemos, receosos do outro, desconfiados, temerosos dos pequenos flagelos que nos espreitam diariamente, as atitudes tornaram-se tolhidas e dissimuladas.
É por isso que admiro a espontaneidade das crianças, sua alegria nata, a sinceridade que brilha em seus olhos atentos. Ainda não foram contaminadas pela malquerença, pelo escárnio e pela inveja.
Quando uma criança nos abraça, nos abraçam a leveza, a bondade, a pureza, a coragem, a verdade.
Enquanto isso, os adultos, pobres coitados, penam... Olhares cabisbaixos, reticentes, sofreguidão pela tal felicidade que custa a chegar. Príncipe encantado? Já era! Emprego ideal? É aquele que nos enche a pança! Amigo pra valer? É quem tem a coragem de nos ouvir contar, tim-tim por tim-tim, toda aquela mesmice triste repetida em vários encontros.
Os tempos são outros... não há dinheiro para sessão de terapia, então o jeito é confiar em alguém e soltar o verbo!...Melhor do que represar a emoção até virar uma grande bola de desespero, difícil de desmanchar.
Mas poderia aqui sugerir diversos outros caminhos alternativos para distrair a mente e posicionar-se ante o mundo de maneira solidária , amistosa e fraterna pra valer! Isto nos fará um enorme bem.
Não precisa ser religioso para saber que a vibração amorosa , o entendimento, a harmonia, o não julgamento, enfim, as qualidades que apreciamos no outro, mas que insistimos em não cultivá-las em nós próprios , talvez por simples preguiça_ já que requer algum esforço e boa vontade, estas atitudes internas revolucionarão, paulatinamente, o nosso ser.
E a felicidade estará lá, bem dentro de nós, assim como a saúde, a alegria pura, e a tão desejada paz.