sábado, 12 de outubro de 2013

DEPOIS DAS TAPIOCAS, À ESCRITA!

    Pediram-me para que escrevesse, logo hoje, 'Dia das Crianças', pensei. Coloquei cartucho novo__ e nisto eu demoro bastante, já que nunca irei me familiarizar com estas tecnologias, eu acho.
    Fotografei o pássaro  no prédio vizinho, antes que o dia se esgote e saboreei duas tapiocas quentinhas, feitas por mim, enroladas como panquecas, com recheio de queijo de Minas e melado.


    Liguei o computador e tento escrever algo interessante. Recuso-me a dissertar sobre a meninice, da qual ainda tenho saudade. Tento não desfiar as qualidades do infante, a sua pureza e a destreza para viver com naturalidade e alegria. Aprendo no meu dia a dia com eles.
    A simplicidade  e a alegria são condições para abocanharmos a tal da felicidade. Não são as coisas que a determinam, não. Não são as conquistas materiais, não. É algo mais. É a conquista de si mesmo.
    Espalho meus livros de estudo, compêndios raros e me debruço sobre eles que me dão companhia e um certo conforto. Sinto prazer quando os leio e medito em suas lições. De acordo com os mestres, leiamos por uma hora, meditemos por duas e relatemos em três. Somente assim gravaremos em nossa mente e em nossa alma o que estudamos. Não basta passarmos os olhos, como se diz.
    Mas fora os livros, se nos detivermos na explosão da Natureza ,  absorveremos aprendizados fecundos; ou, então, se nos entregarmos ao sorriso e à alegria pura e viçosa das crianças.
    Aqui fica a dica para mostrarmos a nós mesmos que é possível conquistarmos a felicidade, este estado de espírito que permite a cura, a elevação da alma, a distribuição generosa dos melhores sentimentos. Aliás, ouso afirmar que a felicidade já vive em nós, no mais profundo de nossas almas.
    A preocupação com o futuro também nos oprime muitas vezes e nos confunde; a sabedoria está no agora! Mergulhar no momento em que vivemos, que é único!
    O mundo borbulha de ilusões. Porém, a inquietude é salutar, à medida  que nos favorece a percepção de fatos além da nossa atmosfera e à procura incansável da realidade.
 
Para fechar este artigo, deixo o poema PUREZA, de minha autoria,  como desfecho deste dia especial, em que recordamos a importância de que prevaleçam em nós, ainda,  um tanto da vivacidade e da inocência infantil:
 


                                             
                                                  Aquele negrinho que vi por minutos
                                  Ria...
                                  Por dentro eu chorava,
                                  Pois ele não compreendia
                                  A real situação
                                  Naquela sua euforia:
                                  A miséria o confortava
                                  A fome o conduzia
                                  O frio o enregelava
                                  E ele sorria, sorria...