terça-feira, 31 de dezembro de 2019

A VELHICE DO ANO QUE SE VAI...


     Desgastado, lá vai ele... trêmulo, espezinhado, corrompido, exânime, claudicante... sofrido...
     Veio cheio de promessas como uma mulher vistosa, mas sucumbiu ante as dificuldades da própria vida, ante as dificuldades dos próprios homens em saber viver. Chegou devagar, foi crescendo, passou por todas as etapas _ verão, outono, inverno, primavera. Então, ninguém mais o suporta. Querem que ele vá embora! O mais depressa possível!
     Tornou-se como a velha rota da imagem( Museu de Nova York), acabada e indesejada. Ninguém o quer mais!
     " Feliz Ano Novo!" É o que dizem. Não se enganem. O ano não vem pronto. Algumas direções os astros até nos oferecem, mas é só: direções. Nada mais. Atitude tem que ser nossa.
     "_ Muita saúde e prosperidade!", desejam os amigos, nas muitas mensagens recebidas.
     Não nos enganemos. Como diz o poeta na sua Receita de Ano Novo (a mensagem de um poeta é para sempre):
"...
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre."
 Aos amigos que apreciam nossos escritos, um grande abraço , cheio de gratidão e de alegria.  
 
FELIZ ANO NOVO! 
    
      
 

quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

COISA E TAL

     O mundo tornou-se insuportavelmente esquisito. Que me perdoe  você, que me lê agora e acha que está tudo bem, que as coisas sempre foram assim e tal e coisa.
     Onde está a paciência com que tratávamos os mais velhos? A candura, a doçura com que nutríamos nosso espírito durante uma prece? A honestidade, senhores, que anda sumida, há muitos anos, principalmente no cenário político... mundial, convenhamos. É corrupção de todos os lados!
     A ingenuidade das crianças? Para onde foi? Mataram com a viçosa droga. Consumiram suas esperanças e a nossa, num futuro melhorzinho.
     Usa-se droga como se fosse chiclete... coitadinhos, nem imaginam a multidão de esquizofrênicos a marchar pelo mundo, completamente perdida.
     Afora estas questões, analiso a temática dos filmes(violentos demais!), das novelas( que preconizam relacionamentos mal-ajambrados...) e o comportamento em salas de aula(aterrorizante)!
     Preciso manter minha trilha mental lúcida, pelo menos até certo ponto... o bastante para  conviver com as desarrumações da nossa sociedade sem atrofiar a nossa fé, a nossa esperança e a alegria que ainda dão mostras de vida. Difícil, mas possível, até certo ponto. Senão, vejamos:
     Venho ouvindo muitas narrativas de amigos e parentes sobre seus familiares. Em pauta, colocam questões como o egoísmo, a desconsideração, a quase total indiferença, a desarmonia... tudo orquestrado pelo orgulho, o poderoso chefão do ego.
     Mas, o que fazer quando somos abordados por essas flechadas? Deixarmo-nos abater? Seria o orgulho também, nos cutucando... Entregarmo-nos não é a solução.
     Vou para o youtube. Valho-me desta maravilhosa e útil ferramenta atual e procuro os mestres. Quantos ensinamentos jorram de seus cérebros em perfeito estado! 
     Ainda ontem , uma parenta de quem gosto muito, pelos laços de amizade, não só pelos laços de sangue , pois a mim isto(quase) nada diz, se manifestou triste, de uma tristeza que nos aprisiona numa cápsula de inércia para a vida! Comprou dois gatos, cuida deles e dos netos, quando chamam.
     Disse-me que gostaria de estar com alguém (em quem confia) para falar! Não quer ouvir. Quer " falar, falar, falar tudo, sem interrupções" para aliviar...
     Nada disse. Ouvi com atenção e queria poder esclarecer-lhe que, sinto muito, mas nada adiantará. A não ser que programe uma ida (ou várias) a um psicólogo qualificado. Aí sim.
     As pessoas, seres humanos comuns estão com seus corações atolados na lama da tristeza, amargura, decepções... somos todos farinha do mesmo saco. A diferença que talvez possa existir é a nossa fibra em mudar o quadro apresentado. Como? Depende de nós. Não adianta continuarmos fazendo igual , com expressão de quem está aborrecido, porque ninguém vai reparar em você. Vitimizar-se não é a solução Acredite! O caminho é longo, talvez um pouco penoso, mas vale a pena a tentativa de mudança de hábitos mentais.
     Somos felizes? Sim! A atitude do outro é problema dele. A nossa_ de felicidade, de alegria(qualidade divina), de paz(outra qualidade divina!), de vontade inabalável é de nossa inteira responsabilidade.
     Confiança! Esta é a palavra-chave para os que desejam, de verdade, mudar sua vida para melhor. A mente se abre, novas ideias surgem e o caminho fica livre às bem-aventuranças.