Assim como eu, nasceu num domingo! No interior da Bahia, em 14 de março de 1847, estreou (na Bahia, não se nasce, se estréia!) Cecéu, filho de família abastada e culta.
Antônio Frederico de Castro Alves espalhou sua genialidade em apenas 24 anos. Sua morte_ em Salvador, foi causada pela tuberculose e pela amputação, sem anestesia_ de um pé , em virtude de um grave ferimento numa caçada. Caçada esta na qual ele não fez nenhum disparo...
Seu sofrimento foi inenarrável e, mesmo assim, continuava a sua produção, cheia de romantismo, de arte, de intenção social.
Nunca o desqualificou o seu eu inflamado! Gostava de falar suas ideias às multidões, em praças, locais públicos, em teatros.
Amou muitas mulheres, teve paixões por cantoras italianas e com uma delas , romântico que era, fez o derradeiro passeio equestre ao Farol da Barra, sob o luar, em maio de 1871_ ano da sua morte(morreu em julho).
Seus restos mortais encontram-se no monumento feito em sua homenagem, pelo escultor italiano Pasquale de Chirico, na praça Castro Alves.
Para mim, o mais comovente são seus poemas que se debruçam sobre a tragédia do tráfico de escravos. Vê-se toda a sua revolta ante fato tão hediondo da nossa História.
do único livro que chegou a publicar em vida( ESPUMAS FLUTUANTES), um pequeno trecho de Mocidade e Morte...
"Oh! Eu quero viver, beber perfumes
Na flor silvestre, que embalsama os ares;
Ver minh'alma adejar pelo infinito,
Qual branca vela n'amplidão dos mares.
..."
e na segunda parte do livro CASTRO ALVES Melhores Poesias, sobre Os Escravos, lemos O navio Negreiro, da qual retiro um pequeno trecho...
"...
Desce do espaço imenso, ó águia do oceano!
Desce mais, inda mais... não pode o olhar humano
Como o teu mergulhar no brigue voador.
Mas que vejo eu ali... que quadro de amarguras!
Que cena funeral!... Que tétricas figuras!...
Que cena infame e vil!... Meu Deus! meu Deus! Que horror!
..."
Apreciadora de suas histórias, quero parabeniza-a mais uma vez!!!
ResponderExcluirObrigada, Célia querida! Eu tinha pensado em colocar algumas partes de poemas de Castro Alves...Talvez ainda faça isto!... Beijos!
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