terça-feira, 3 de setembro de 2013

CADÊ O PERFUME?

    Setembro, mês das flores, sempre bem-vindo. Mas ando assustada com todas as diferenças de temperatura. O tempo anda esquisito,  meio temperamental. Nunca tivemos um frio tão intenso aqui, na cidade do Rio de Janeiro, como neste 2013.
    O resultado dessas variações bruscas e temperaturas baixas são as gripes, as viroses, as conjuntivites e várias manifestações doentias.
    Seguramente, a estação temperada que aguardamos, ansiosos, virá com um sol ameno, tardes bonitas, manhãs esplendorosas e brisas suaves. Torço para que aconteça.
 
(lírio)


    Estava me preparando para conhecer Holambra, a cidade das flores, mas, depois de enfrentar uma dessas gripes tremendas, acho que perdi o fôlego. Teria que enfrentar pacientemente horas num ônibus para chegar à cidade; para irmos, há o sabor do desconhecido e tudo enfrentamos; mas... e a volta? Não, não, desisto, eu acho.
    As flores também não estão mais as mesmas. Compro na florista aqui perto e dura por volta de uma semana uma rosa. Recusa-se a abrir totalmente, não exala perfume, somente a beleza fria e triste. As rosas vendidas na feira são a mesma coisa. Só têm beleza, nada mais. Uma beleza, nota-se, forçada, mentirosa. São as flores de estufa, disse-me um vendedor de um quiosque da pracinha.

(Roseiral do Jardim Botânico do Rio de Janeiro)

    Não eram essas as flores da minha meninice e da minha juventude; lembro-me de que quando professora, havia um aluno que  quase todos os dias trazia uma flor! Geralmente uma rosa do seu jardim. Como era perfumada! E linda. Tive que providenciar uma pequena jarra e todos os alunos apoiaram a ideia. Ela ficava ali, na minha mesa, exposta aos olhares de toda a turma. Era a mensagem da beleza e da alegria.
    Eu tento destacar o que é   belo e puro e verdadeiro; tento me ligar ao que me transmita paz e contentamento; tento afugentar as ideias negativas de que o mundo anda meio torto. Ele está um pouco diferente. Tomara que possamos entendê-lo melhor e perceber ainda as sutilezas que acariciam o coração, renovam as esperanças e dão forma aos sonhos.
   
   
(bastão-do-imperador)

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