Uma ferradura atrás da porta de entrada, um copo d'água com sal grosso num cantinho da casa e o Salmo 91 bem à mostra, num quadro adornado por uma moldura dourada!
E ainda é pouco, para o mundo em que vivemos... alarmante, claudicante, buliçoso, efervescente, decadente, ilusório. Isto sem falar no acúmulo de pensamentos e ações más que fazem a Natureza__que é divina, se contorcer e reagir em intempéries várias.
Espero que hoje não tenha sido uma prévia do que nos aguarda na sexta, 13. Pela manhã, cedinho, prisioneira solitária por dez minutos no terrível cárcere de um elevador, tentei usar as armas que tinha: acionei um botão que emitiu uma tímida sirene, ante o meu imenso desconforto; e usei a força inenarrável dos meus pulmões em berros que deveriam ultrapassar aquela pesada porta de aço, além da de madeira antiga.
Gritei, gritei tanto que quase me acostumei. Aqueles gritos por socorro davam um certo alívio a tanto mal-estar. "_Socorro! Socorro! Estou presa no elevador!..." Até em inglês sonorizei:"Help! Help!"
Bati pouco à porta, pois a coisa podia ficar pior, caso machucasse as mãos. Controlei-me. Mas gritar, eu gritei! Só não escapei de uma crise alérgica violenta, que me fez inchar e coçar as mãos.
Até que o ar foi desligado e pude ouvir com clareza o porteiro, denotando um certo nervosismo na voz, tentando me tranquilizar: "_ Calma, calma, já estou abrindo a porta... um minutinho. Procure se acalmar." Dito e feito! A porta fora aberta e eu, sã e salva.
Se ele, o porteiro , fosse Brad Pitt ou George Clooney, certamente cairia soluçando em seus braços fortes e imagino as palavras que arrematassem tão espetacular ação: THE END. Mas estava perfeitamente lúcida e trêmula, muito trêmula.
Em Paris a sexta feira 13 foi aterrorizante.Precisamos de paz,harmonia e sossego.
ResponderExcluirParabéns."Senhor,estupendas são as vossas obras"
Oh, meu amigo, é mesmo... Abrs
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