quarta-feira, 21 de março de 2018

UMA PROSA LIGEIRA SOBRE O DIA DA POESIA

  

   Dia do Homem, Dia da Mulher, Dia do Índio, do Trabalho, do Bombeiro, Dia do Padeiro... Existe até o Dia da Felicidade!...
 Uns criados há muito tempo, outros são mais recentes. Entretanto, hoje, hoje, 21 de março,  comemora-se algo fundamental a nossa existência. Como viver sem esse alimento imprescindível  para a alma?
     Uns farão cara de enfado, expressão de repúdio, torcerão o nariz . Refiro-me ao especialíssimo Dia Mundial da Poesia, criado em 1999, pela UNESCO.
     Sim, existe. E logo no início do outono, esta estação de deliciosas brisas, de folhas peroladas pelo orvalho, noites aprazíveis, sol ameno, perfumes delicados pelo ar. Um período do ano  tão suave e belo tal qual o sussurro de um poema de amor.
     E o que é a poesia? É Arte que nos envolve, nos liberta dos distúrbios e nos aprisiona  ao que é verdadeiramente belo. É camafeu de lembranças,  de toques de amor. É força da vida.
     É preciso uma certa bagagem de sofrimentos, decepções, amarguras, ilusões, alegrias, realizações que sirvam como fertilizantes para que, num certo momento, brote no campo do coração a Poesia.
     Pode vir formatada em sonetos, em trovas... ou livre, com a cadência própria do poeta; pode ter ou não ter rimas; o que importa é que a Poesia vá direto à alma de quem lê. Pode cantar a vida, pode cantar a morte. 
 Na brisa de outono,
Onde farfalham as folhas
Prestes a desmaiarem
No solo frio e úmido,
O perfume da manhã.

     

    
    
    
    

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