quinta-feira, 4 de novembro de 2010

CONTOS DA CAROCHINHA

     Detive-me hoje a ouvir e ver o noticiário justamente à hora da refeição. Que lástima! Bem feito! Quem mandou alterar a conduta rotineira , almoçando e jantando ao som pacífico dos violinos da MEC FM?
     Mudei o padrão, alterei as normas. Insatisfeita com o que assistia, mesmo assim, continuei, consternada com o que via na telinha. 
     Sempre que alguém bem educado e realizado na vida menciona que foi criado, ou que conhece uma pessoa que foi criada por madrasta, sinto um enorme alívio, pois  isto vem provar que atrocidades de madrastas faziam parte de histórias da carochinha. Porém, ultimamente, nesses registros cheios de fotos, entrevistas e câmeras escondidas..., o que vemos são mulheres cruéis , despindo suas taras e ferocidades, destruindo a candura própria das crianças, interferindo maleficamente em seu Destino. Personagens à altura de contos de terror.
     Não irei aqui, nesta página viva de ideias e sentimentos, relatar o que já foi dissecado nos noticiários; não. Mas me reporto à infância, em que líamos ou  apreciávamos no cinema sempre o Bem superando o Mal. Era uma guerra constante entre estes dois poderes nos temas dos entretenimentos infantis.  
     E falando nisso, outros personagens também se destacavam, como, por exemplo, as fadas, as bruxas, as princesas e quem nunca ouviu falar do sapo que virou  príncipe? Ou vice-versa...
     Noutro dia, em que eu e uma amiga bebericávamos um café num Shopping na zona sul do Rio, vimos  no corredor, surgir um casal lindo, lindo, a caráter: O Príncipe Encantado e a Branca de Neve. Não sei qual a  razão, talvez houvesse alguma peça por ali. Mas, deste jeito meio extrovertido que sou, não pude me conter. Chamei o Príncipe e perguntei por onde tinha andado, pois estivera à sua procura a vida inteira... Ele parou e, de repente, começou a rir!...  Rimos todos. Muito.
     Os contos da carochinha serão inesquecíveis; mas estas histórias anunciadas pela mídia, histórias  verdadeiras e escabrosas, que sejam resolvidas pela justiça com rigor; e que um dia, estas crianças, vítimas, possam perdoar seus algozes e esquecer seus sofrimentos.
     Que o clamor da Vida seja mais forte. Que o  Bem supere o Mal.







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