sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

LÊ LÊ LÊ... TÊ RERETETE... RETÊ Ê Ê Ê... TERERE TETE...

     Manuel Bandeira... Olegário Mariano... Tipos assim  enriquecem a cultura de um povo. Cecília Meireles! Villa Lobos! E por aí vai a lista quase interminável  de pessoas criativas, criadoras, imaginativas, artistas.
     Descubro, por acaso, inúmeras letras feitas por Olegário e outros poetas que se tornaram canções sertanejas. Quanta riqueza! Quanta beleza! Quanta graça!
     Não sou saudosista, mas, ultimamente, reconheço, tenho cá uns momentos de nostalgia.
     Como berram alguns rapazotes que encaram um microfone(recuso-me a chamá-los de cantores)! E correm, e fazem trejeitos, rebolam pra frente e pra trás, insinuando(ou escancarando) a pelve, em movimentos quase  satânicos; quase porque não têm malévolas intenções, presumo.  Assim se exibem com uma naturalidade incrível, sem nenhuma timidez. Letras de fazer roer o coração, sem nenhuma expressão ou, pior, com uma reles malícia, vulgar. Te te re rê.. ou seria Le le le rê os refrões mais ouvidos ultimamente?... 
     As cantoras, antes com vozes incríveis, talentosas, cuidadosas nas apresentações, hoje se revelam deusas de Baco. Com uma super bunda e atitudes grosseiras , de corpos duvidosamente  sarados , pernas e coxas  à mostra( e  ficam puxando a roupa para tentar se cobrir...Essa é boa!), ou berram ou, então, sussurram palavras que não dizem absolutamente nada, imaginando-se, talvez, sensuais.
    Ai, como sofremos nós, geração dos anos  sessenta, que tínhamos por sorte um leque de artistas de talento a embalar a nossa mocidade. Resta nos encontrarmos  e relembrarmos os sucessos, as canções, os poemas, a genuína arte que encanta até hoje o nosso espírito.
 
    

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