quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

CHANCE DE FAMA

     Provoco a memória para colocar no papel uma experiência, ou algo interessante que nos permita a reflexao ou o sorriso.
     Há poucos dias ocorreu um fato que, até agora, me faz pensar.   Vejam se não tenho razao.
     Recebi um telefonema de um conhecido radialista, propondo-me receber um troféu! Achei que fosse um  trote, uma brincadeira. Mas nao! Era sério. De uma famosa rede de rádio e televisão. Disse ele que meu nome fôra indicado como 'Destaque em poesia no ano de 2012'.
    Não carrego comigo a falsa modéstia. Desde jovem escrevo. Desenvolvi o gosto pela escrita durante o tempo da vida. Mas daí a receber um troféu há uma distância. 
     "_ Você ficará famosa, todos irão reconhecê-la!... " disse o homem. Nesse ponto, o meu pisca-alerta iniciou a função.
     Fama? Prestígio? Será mesmo bom tê-los? Ou seria melhor apenas  reconhecermos o nosso potencial, o nosso dom e desenvolvê-lo? Para isso temos que ir ao encontro de práticas que não apoiamos? Que não nos atraem? Que somente atiçam o ego e a ilusão?...
     Fica a pergunta e podem respondê-la.
     "Troféu: qualquer objeto comemorativo de vitória", dizem os dicionários. Mas, reflito,  já considero  troféus os livros que escrevi e publiquei e uma vitória o desejo infrene de escrever _ e  faço isso com naturalidade; também uma vitória a aceitação vinda de pessoas que considero inteligentes, sensíveis e sinceras. Isto me proporciona muito prazer.
     E pergunto: por quem fui indicada nessa pesquisa? Pelos poetas, meus amigos? Pelos leitores dos livros que lancei? Por aqueles que estavam  nos eventos onde declamei? Pelo pessoal  do Semeando Poesia?  Não cheguei a formular a pergunta verbalmente. Apenas pensei.
     Frequentei inúmeros redutos poéticos desde 1993 e ainda marco presença em alguns e o que me move é a satisfação de dizer e de ouvir poesias. Criei o Projeto Semeando Poesia desde 2009 que me dá alegrias íntimas, eternas e indissolúveis.
     De modo que me senti muito honrada, muito agradecida, mas recusarei, pois já tenho, ao longo da caminhada, conquistado, além de inúmeras pequenas vitórias, o entusiasmo dos que me lêem e dos que me escutam quando recito poemas. 
     Ah! Esqueci de dizer que sempre o dinheiro favorece a fama. Nesse caso, uma quantia relevante teria que ser paga para o tal troféu...
     Haja mecenas!... Ocorre-me que precisamos pagar(muito!)) às Editoras se quisermos publicar um livro; à distribuidora, para que o livro possa circular; ao livreiro, para que possa aceitar seus livros em suas Livrarias; à mídia, se pretendemos ficar conhecidos e termos, assim, uma melhor  chance de venda.
     Convenço-me de que há trabalhos e trabalhos, ou seja, há os que nos permitem viver e os que nos permitem sonhar. 



 

 
PALAVRAS TRANSFORMADAS, lançado na Bienal do Livro, em 1995.
133 pequenas poesias em 47 páginas. Criadas após momentos de Meditação. Valor: 20 reais
 
 
 


 

 
FRAGMENTOS DA MEMÓRIA, lançado em Taubaté, em 2003.
115 páginas com poesias que incitam o leitor a um renovar constante. Valor: 25 reais
 
 
 
 

NA TRILHA DA POESIA, editado em 2010
Poesias para crianças dos 8 aos 88 anos. Valor: 20 reais


 
    
    
    

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