quarta-feira, 10 de junho de 2020

FALANDO DE UM BICHO FEDORENTO

     Já é o segundo percevejo aqui em casa. Bicho fedorento!... Soube que existem dezenas de milhares de espécies! Este era o mais inofensivo, o "percevejo-fedorento", marrom e que  suga as plantas. Provavelmente procurava calor nestes dias frescos...
     Na semana passada, um grudou na grade da varanda, mas levou um banho de álcool! E o que ele fez? Voou na minha direção,  parecendo enfurecido...
     Um grito saiu da minha garganta, no momento do voo. Não pude conter-me.
     Morreu com uma chinelada.  Tonto, foi fácil. Que me perdoem os budistas convictos!...
     Como exemplo, cito a carismática Monja Cohen que narrou, numa de suas simpáticas palestras, que havia uma porção de formigas na pia da cozinha do mosteiro onde vive. Então, para  evitar a matança, resolveu assopra-las!... Não dá no mesmo?...

Percevejo-do-mato
agarrado à grade _
fedor na varanda
 
      Hoje, caprichei no lanche: café na xícara vermelha de Nova York e duas torradas com geleia de cassis _ sentada no pequeno sofá,  assistindo a  mais um episódio da série coreana(adoro!) "Chocolate", vejo uma mancha escura deslizando no chão da sala, com certa rapidez...
   Quase não acreditei... Será que é da família do que morreu? Será que veio reclamar o corpo? Ou, pior ainda, será que é aquele mesmo que recuperou a vida?     
    Tive que ser rápida e certeira: com a havaiana surrada dei-lhe um golpe! Levantei o chinelo pra conferir o estrago. Qual o quê! O bicho continuou a andar, todo serelepe, deixando seu odor nauseabundo...
     Então, decidi ser mais enérgica. Splash!  Com violência e prolongando o tempo calcando a sandália velha em cima do diminuto monstrinho, finalmente ele morreu.
     Com papel toalha peguei-o e o joguei no saco do lixo. O mau cheiro empestava todo o ambiente.
     Mais álcool! Mais papel toalha!
     Finalmente, tudo serenou... mas quando vou até a área de serviço, o cheiro ainda está lá...
     Fico me perguntando: Por que não entrou, pela bucólica varanda, uma colorida borboleta, a dar voltas, alegrando a quem visse?  Ou mesmo uma  linda joaninha,  joia rara nos jardins? Ou, ainda, uma libélula atraente, inspiração para haijins? Até um grilo sapeca ou um pirilampo enamorado? Por que?...
 
Ousada libélula
na ponta do caule
tal qual uma flor
    




4 comentários:

  1. Sim, uma borboleta esvoaçante e bela rodopeando pela sala e pousando no peitoril lhe esperando pra assistir mais uma agradavel manhã com Poesias na Varanda! Seria um cenário perfeito, vc, a borboleta e o canto do pássaro que as vezes dá o ar da graça.Sem dúvida, melhor que o persevejo fedegoso, ufa!!!!

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    1. Rs... É isso, Celinha! Pretendo até mudar um pouco o texto, dar mais relevância aos bichos que enfeitam...Bjs!

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  2. Fiquei pensando aqui:Ainda bem que eu nunca me deparei com esse bicho.Não o conheço e nem quero co hecer😂Cruzes...

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  3. Faz bem em não querer conhece-lo... muito estranho o nosso " irmão"...rs... bjs!

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