segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

BELEZA NATURAL

     Mussaendas  encontradas no jardim de um prédio, aqui do bairro. Por estas eu me apaixonei desde 1999, quando vi o arbusto arqueado, cheio de cachos de flores no jardim da Pousada onde me hospedei, em Parati.

Na Urca, o flamboyant embeleza o cais

Numa calçada, em Nova York

Numa calçada do bairro bucólico da Urca, Rio de Janeiro

Na quietude da Pituba, em Salvador, Bahia, o espocar de flores carmins.

     É assim, com naturalidade, que elas surgem em toda a parte, embelezando e colorindo as cidades.
Ontem saí com o propósito de clicar as flores que encontrasse pelo caminho. E logo as primeiras que vi foram as mussaendas, num prédio aqui perto. Como são frescas e fartas! Debruçam-se sobre a grade e chamam a atenção dos transeuntes. Mas, nem todos veem, impossibilitados pelas grandes pre-ocupações... pelo estresse prolongado que se desenha em suas carrancas, pelas imensas responsabilidades, ou seria pelo descaso? Pela consciência adormecida?
   Os monges tibetanos nos ensinam uma forma de fazer crescer a nossa capacidade de percepção e acrescentam que este é o caminho para o despertar da consciência. Esta seria a chave da paz com ação, tecidura da felicidade. É pela atenção plena. Quando nos interessamos pela natureza nos transformamos, fazemos crescer a nossa consciência, a nossa responsabilidade perante a vida. Naturalmente.
     Há um ditado indígena que nos diz assim:
"Somente depois da última árvore derrubada, depois do último animal extinto e quando perceberem o último rio poluído, sem peixe, o homem verá que dinheiro não se come."
     Estamos tornando a vida artificial, estranha, respirando mal, comendo errado, dormindo pouco e ignorando a força intensa da natureza, da qual fazemos parte; não podemos quebrar este vínculo. Os alertas são dados, mas ainda o que impulsionam as ações são a ganância e os fogos de artifício, o alarido, o que é falso. Sem dúvida, acrescento que muito  sofisticado é o processo da formação e o desabrochar de uma flor. 
     Como é bom usufruir da delícia da brisa, do perfume das flores, do silêncio das madrugadas, de toda manifestação de vida abundante! Pensemos nisto e obremos para preservar o que nos possibilita viver.
    

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