sábado, 17 de agosto de 2013

A ESCRAVIDÃO É UM INSULTO À LEI NATURAL

    Entrei na locadora, ávida pelos filmes recomendados num jornal, que propunha algumas obras de ficção não somente  como entretenimento, mas, também, como fonte de ajuda ao vestibulando. Cada filme conta uma história em certa época importante da humanidade.
    Como em meu íntimo corre ainda o perfume do professor e do educador apaixonado por sua profissão, pelas possibilidades que tem em ajudar a reverter o quadro doentio da atual sociedade, mesmo sem estar atuante como antes, não perdi tempo e entreguei a lista à atenciosa atendente.
   Somente um não conseguiram encontrar: " A escravidão é um insulto à lei natural". De resto, como já tinha visto alguns, como Os miseráveis, O menino do pijama listrado e Lincoln, a lista resumiu-se a seis. Desta, selecionei três: O ano em que meus pais saíram de férias, O pianista e O nome da rosa, que se passa na época do Renascimento, eu creio.
    Enquanto a busca pelos filmes acontecia, percebi que um jovem funcionário do local escolhia no andar de cima um filme para exibi-lo no telão da entrada. Fiquei curiosa e atenta para ver qual seria. Certamente uma novidade interessante para atrair o cinéfilo.
    Mas bastou-me olhar e entristecer-me. Violência era o tema. Já o título conferia: Renascido do inferno, ou algo semelhante. Como o rapaz percebeu meu 'interesse', descreveu o assunto, empolgado. Disse-me que era a história de um homem que é traído pela mulher e, além disso, é morto por ela e pelo amante. Só que ele não morre; fica em coma e daí acontece toda a trama pavorosa. Mas o garoto contou isto de maneira animada, como se fosse uma grande coisa! Deu pena...
    "_ A senhora vai querer levar?"
    "_ Não, meu filho, para saber deste conto só preciso ler o jornal." As meninas que faziam o atendimento riram.
    E completei:" _ É assim que a sociedade é minada." Ver e saborear durante quase duas horas cenas de violência e maldade, quebra a consciência crística do homem. Pode acreditar. 
     

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