sexta-feira, 8 de julho de 2016

AS TAIS ERVAS DANINHAS


     Quem disse que sabemos amar? Palavras bonitas nas canções religiosas... nos sermões... nas conversas... até nas redes sociais. Todo mundo fala de amor! É como se estivéssemos a praticar o mais puro amor.
     Mas, não, oh, não. São até precisas as tais religiões para nos colocarem nos eixos.
     Lima Duarte, numa de suas entrevistas, declarou: " Todo mundo é louco. Religião me sossega. Religião me suspende." Achei incrível esta afirmativa, perfeitamente lúcida, consciente.
     Mas não quero entrar neste assunto. O assunto que me move, agora, é o tão falado amor! Então, falarei mais um pouquinho...
     Refiro-me ao amor universal, pois o que une um homem e uma mulher, falhos os dois, em lutas íntimas constantes e crescentes, amealhando ilusões ao longo de suas vidas tão materiais não preserva o amor de fato.
     Algo existiu para que dois seres fossem atraídos um ao outro, porém, lhes afirmo que, muito raramente, o sentimento que os conduziu à união foi o amor. Pode ter sido a atração física, algum encantamento, qualquer interesse.
     Vejam a famosa modelo que, dito hoje nos jornais ,  foi espancada pelo marido. Um homem para bater forte na sua própria mulher até quebrar-lhe as costelas está fora do ar... E o sentimento? Para onde foi?
     Assim como este caso, muitos outros, com agressões verbais  que também magoam e destroem qualquer relacionamento.
     O amor que vive no coração, se fosse bem preservado, cultivado, como uma plantinha frágil, todos seríamos felizes verdadeiramente. Atentos às nossas atitudes, mansos , irradiando paz e felicidade o mundo seria outro.
     Se quisermos manter um padrão vivo de bons sentires, é preciso estarmos sempre atentos. Como dizia um conhecido meu, mestre disciplinador: "É preciso orar e vigiar sempre."
     O ser humano, ainda imaturo, engatinha no amor. A violência, a impaciência e o descaso, o egoísmo, o orgulho,   são as qualidades que prevalecem. Como pode o amor se impor a tantas ervas daninhas? E como havemos de amar o outro , se, muitas vezes, não sabemos amar a nós próprios?
     É preciso a percepção desenvolvida e a vontade para que cada um, verdadeiramente, veja a si mesmo. O fio condutor do seu comportamento, qual é?
     À medida que os bons sentimentos crescem em nós, ao longo das nossas vidas __ os que nos induzem à conduta correta, pacífica, fraterna, amistosa, nos tornamos cada vez mais felizes. Os bons sentimentos nos harmonizam, pois a nossa natureza é o amor.
     E sempre valerá a pena um cuidado especial,  a atenção a- morosa. Nunca o ódio, o descaso, o escárnio, o desdém. Coisas das gerações dos duelos, ultrapassados. Façamos o Bem, vivamos o Amor, sejamos felizes. Simples assim.

 


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