Um domingo bem típico da primavera é algo balsâmico, confortador, cheio de beatitude, assim como o dia de hoje, que nos ofereceu uma grande leveza.
Até a brisa parecia diferente, parecia que tinha vida ondulante, acariciando nossos rostos de maneira arrebatadora. Trazendo com ela odores indecifráveis, perambulava pelos caminhos e nos inebriava.
Tudo isto parecia fazer parte de um grande concerto primaveril , onde se destacavam as cores, os odores, a performance dos ventos brandos. Tudo arrematado por singelos cantos do alto das palmeiras, na orla que se apresentava maravilhosa, como o cognome desta cidade: Cidade Maravilhosa!
O sussurro do mar cadenciado contribuía e, ao longe, como a perder de vista, um cenário de tirar o fôlego: o desenho das montanhas torneando o horizonte.
Num certo momento do dia, outro concerto nos tocou a alma! Agora, na TV, este nos ofereceu uma renovada esperança com a exibição de jovens estudantes de música clássica: a violinista_ que arguída revelou que seu sonho é tornar as pessoas felizes ; um oboísta; um flautista e, finalmente, um virtuose do... acordeão, executando Paganini !
Se não me engano, creio que pleiteavam vagas numa orquestra. No final das apresentações, alguns jurados comentaram, rapidamente, demonstrando extrema perspicácia e simpatia, inclusive a bailarina Ana Botafogo, que ali estava pela sua grande sensibilidade artística.
Nessas horas, admito que a televisão é indispensável, se quisermos assistir iniciativas deliciosas como esta. Quantas horas, dias, tempo de estudo estes jovens se dedicaram? E ao tocarem, dedos ágeis, sopro perfeito, sensibilidade aguçada, o sorriso suave era presente. Almas especiais, sem dúvida.
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