domingo, 6 de novembro de 2016

PARA DERROTAR UM TSUNAMI

  
 A jornalista da Rede Globo que esteve afastada por motivo de saúde, voltará, em breve. Na próxima semana já estará comandando novamente o RJTV.
     Sua alegria sincera, sua espontaneidade, a vontade de ajudar o próximo são suas marcas. Pelo menos é o que passava sua imagem atropelando os desconfortos da população mais necessitada de providências básicas e urgentes, pela sua palavra firme , sua presença que, apesar da aparente fragilidade, denota um espírito forte.
     Se repararmos as personagens cujas vidas tiveram um real significado, veremos que, na sua grande maioria, são pessoas aparentemente delicadas, mas com uma vontade e um caráter indomáveis. Acho que este é o caso desta conhecida jovem.
     Eu a vi, de relance, numa das cafeterias da Kopenhagen, certo dia da semana, em Ipanema, numa galeria. Estava apressada, pediu um café, tomou aos goles e saiu, rápido.
     Noutra vez, em Ipanema também, na Rua Aníbal de Mendonça, cruzou comigo com aquele seu jeito acelerado... Magrinha, roupas confortáveis, singela.
     Enfrentou uma doença terrível, quatro vezes. Mas vence sempre as batalhas que trava.
     Por que alguns  se entregam, desanimados, enquanto outros reagem, apesar do sofrer? Depende de cada um, da sua fortaleza interna, do que já registrou em si e, claro, também das condições à volta. Família, por exemplo, é um bálsamo nestes casos. Pai e mãe, as raízes, darão um consolo real; irmãos, amigos... o leque vai se expandindo... a palavra confortadora, a presença amorosa, o olhar da compreensão, o gesto da amizade, tudo isto facilitará a recuperação ou então, a aceitação. Aliás, tudo isto é a manifestação do Criador em nós. 
     E quando a pessoa estiver só no mundo? Sem parentes, sem amigos, na mais completa solidão? Acontece... Há que ter fé. Mas no que consiste este sentimento? Acreditar. Na vida. Num ser supremo, que não entendemos lá muito bem, somos mesmo incapazes. Mas podemos senti-lo. Ah, podemos!
     Talvez o sofrimento seja para tal depuração até chegarmos a Ele, quem sabe? Que existe uma força fantástica, criadora, disto não tenhamos dúvida! É só olhar pro lado, para a manifestação da natureza, dos sentires, para o nosso próprio corpo físico, máquina perfeita, extraordinária, para a composição do universo! Mas somos ainda tão rudes que nem nos damos conta disso, nem  paramos pra pensar, quanto mais sentir!...
     Debulhamos alguns pobres versos trôpegos e nos achamos!...Balbuciamos preces formuladas e temos a sensação de que cumprimos nosso dever... cantamos hinos, pedimos a bênção e pronto, resolvemos tudo. Mas quando vem o tsunami da doença, a derrota quer se estabelecer.
     É preciso aquela vontade férrea a que me referi no começo, é preciso o afago da família, dos amigos. Ah, claro, e bons médicos e hospitais decentes e condições para que a população chegue até eles ,  seja tratada e, quem sabe, obtenha a cura. Bem, mas isto já é pauta para a  respeitável jornalista Susana Naspolin. 
       
    

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Oi Syvia Mercadante,vi agora na tv a jornalista Suzana Naspolim,fizeram festa pelo seu retorno.E eu fiquei feliz em ve-la e
    tambem de ler sua coluna. que andava sumida. Parabéns abraços

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