quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

AVISO PRÉVIO

     Hoje o  assunto é de gente conhecida. Conhecida por mim.... Não se trata de político, guru, situação econômica da Europa, nada disto. Nem de artistas político-partidários... ops! Não. Contarei simplesmente fatos do cotidiano, mas que nos farão pensar... sem pretensões, lanço-me à Escrita!
     Primeiro, idealizo o almoço de meio-dia. Nem mais, nem menos. Meio-dia. Há que se ter uma disciplina! Será?...
     Uma amiga de longos anos faz tudo errado: come fora de hora, se empanturra de salgadinhos. Ontem, abusou: devorou_ de acordo com uma amiga comum, seiscentas e cinquenta gramas só de salgados, na padaria.
     Vive (mal) num asilo _ colocada pelas duas irmãs, porém tem livre acesso à rua. Então, vai em busca do que lhe dá prazer: salgados! Toma um táxi, vai até a praça mais próxima, se dirige à padaria, senta-se e come até se fartar! Fora isto, são as missas e a TV de 50 polegadas, instalada num cubículo, quase sem ar. Um despautério.
     Assim vai vivendo, já com mais de setenta, reclamando de tudo e de todos, recusando as orientações de quem lhe estima. Revolta, raiva, ressentimentos preenchem o seu coração.
     O marido de outra amiga, já com oitenta anos, mantém-se impecável, tanto na aparência quanto na saúde física. Muito  bem cuidado, mesmo apreciando churrasco e cervejas. Uma prima desta mesma amiga e seu marido, também com mais de oitenta, estão muito bem, obrigado. E comem carne, e dormem tarde, e comem doces...
     Aliás esta na faixa dos setenta adora doces e chocolate... ao leite! Dorme mal, sem hora certa, vê programas na TV até altas horas. Vive com saúde  e cheia de energia.
     Perdi duas amigas no mesmo ano. Uma, bem mais velha, repentinamente, olhou para a sua filha e disse: Andreia, não estou me sentindo bem... a filha a colocou na cadeira de balanço e ali ficou. Mulher animada, cheia de vitalidade.
     A outra, professora em universidade, solteira, sempre em busca do homem ideal, me confessava que se morresse sem ter se casado, morreria infeliz! Pois aos sessenta, teve um câncer que devorou seus seios e seus pulmões. Nunca fumou. Mas tinha um péssimo hábito:  Gostava de trabalhar de madrugada. Preparava aulas, escrevia muito no computador... Dizia para mim que se sentia melhor assim
      De acordo com a medicina ayurvédica, as coisas não funcionam deste jeito. Nosso corpo físico tem horários, e vive melhor se atendermos a algumas regras para conduzi-lo com saúde e vigor.
    Claro que existem situações kármicas e outras decorrentes do ambiente em que vivemos.  Contudo, podemos dar uma mãozinha para que essas situações sejam amenizadas e haja certo conforto físico. Disciplina garante bem-estar. Nada melhora com o caos.
     Fico me perguntando o que faz algumas pessoas viverem mais do que outras, mesmo com comportamentos mesclados por ignorância?
     Um conhecido meu, desde os tempos da mocidade, teima em dormir tarde, aborrecer-se com miudezas, beber muitas cervejas, comer sem regras... mas está aí firme, aos setenta e tantos, mesmo já tendo passado por várias cirurgias e sustos.
     Tive uma grande amiga noutra cidade, que já estava com uma idade avançada, muito zelosa de si, cuidadosa, mas cheia de doenças autoimunes. Morreu, sem doença diagnosticada, com dores fortíssimas no estômago. Soube mais tarde que sua filha batia a sopa diária com plástico. Nunca cozinhou, portanto, ficou nas mãos da filha, mentalmente alterada, que lhe cravou este punhal.
     Outra, afirmava com grande vaidade que iria viver longos anos, pois seus pais viveram muito, além do esperado. Toda a sua família era de longevos. Teria, portanto, que se preparar para os dias da velhice. Morreu dramaticamente com um câncer fulminante nos pulmões, aos sessenta anos.
     Cada um de um jeito, mas ela ( a morte) "vem como o ladrão da noite": sem aviso prévio, já afirmava o querido Luiz da Rocha Lima, em reuniões memoráveis, no Santuário de Frei Luiz.
     Reflito nestes casos, onde a imprudência pode acelerar a passagem para uma outra vida, já que fomos criados para vivermos até aproximadamente  cento e vinte anos. Pelo menos, é o que os sábios hindus afirmam.
     Muitas vezes a negligência , a falta de vontade e de determinação são os verdadeiros fatores de risco.
     O dia está palpitando, hoje com chuva forte e nuvens aterradoras, mas há um sol  por trás!
 

    
    
    
     
    
    

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