sábado, 28 de julho de 2012

REPÚDIO À MATANÇA DOS MACACOS

    Presto aqui minha homenagem aos macacos que vi nos muitos passeios que fiz ao Jardim Botânico do Rio de Janeiro.E que me distraíram.
    Reconheço que estes animais, ao devorarem os ovos dos ninhos dos pássaros,  nós, amantes da Natureza e declarados observadores de pássaros, abominamos tal atitude, mesmo sabendo ser natural. 
    Reconheço que são pouco amistosos, de atitudes um tanto grotescas, como certo dia em que um pequenino se colocou à minha frente, num galho de bambu e, irritadiço, masturbou-se olhando firme para mim. Fiquei estarrecida, impressionada .
    Num dos encontros de observação de pássaros um macaco-prego mirou e urinou em quem estava posicionado embaixo da árvore onde ele se colocara.
    E quando, numa bela e ensolarada manhã, sentada num banco,à sombra, eu me dispunha a pintar numa tela  um arbusto coalhado de flores rosadas, eis que, um bando enorme e barulhento se dirigiu a mim, à cata do meu lanche. Ingênua, tinha levado bananas e um sanduíche. Naturalmente, o cheiro da fruta os atraíra.
    Mas são animais, reflito. E merecem o nosso amor e a nossa compreensão. Envenená-los é inadmissível. É uma ação deplorável e ignóbil  à qual repudio.
    O Jardim terá menos arruaças, mais pássaros, menos traquinagens, mais lembranças, menos motivos para fotos inusitadas, mais silêncio.







     

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